sábado, 31 de maio de 2008

Quem sou

Obrigada pela gentileza do convite, João,
e pelo privilégio de estar entre amigos
que conheci aqui, no mundo virtual,
e aos quais me afeiçoei e admiro.

Quem sou eu?

Alguém que precisa crer...

Que haverá um tempo para a ressurreição:
dos que morreram por amar,
dos que morreram por lutar,
contra o ódio e a hipocrisia
de valores impostos,
e discursos estereotipados
pela máquina fria.

Preciso crer
que haverá um tempo para a ressurreição:
dos puros de alma,
que morreram por usar branco
em dias negros.
Que pregaram a paz
em meio à tirania,
e à violência voraz.

Preciso crer
que haverá um tempo para a reflexão:
dos que não têm coragem de lutar,
dos que andam despidos de pureza,
dos que promovem a guerra,
dos que vivem sem amar.


Gerlane Melo

6 comentários:

Menina do Rio disse...

Precisamos crer
que há tempo pra para a redenção
dos os que vivem sem amor
dos os que vivem sem lutar

e crer ainda que
haverá sempre uma porta
que convida
uma mão que se estende
dizendo: Vem, vamos celebrar
a paz e beleza da vida
que clama por pulsar...

Gerlaine, bem vinda à casa do João que agora também é nossa casa!

Rui Caetano disse...

Bom fim de semana!

Jorge P. Guedes disse...

Bom dia!

Da Gaivota vim até aqui.
Parabéns e muito bom trabalho para a equipa convidada e para o mentor da ideia.
Um abraço especial às duas amigas que melhor conheço, a Gaivota e a Verónica.

E porque, ao que li, aqui se trata de dar um contributo para um bom tratamento das letras, sem pretensões vos deixo um poeminha meu de 2006, já publicado.

"Dança das letras"

Dançam as letras
Num palco de luz
Sem som,
Sem rima,
Seus corpos nús,
Elos suspensos
Soltos de nós.
E
Num céu de searas
O vento as ampara.

Em roda se arrumam,
Escolhem seus pares,
Ousam ter voz.
Atentas escutam
Rumores e cantos,
E
Outras se somam
Ao eco que faz,
Crescem maninhas
No tempo que as traz.

Adultas se cuidam,
É ouvi-las cantar!
(Até que,
Despertos, aportem
Os poetas
P'ra com elas bailar.

Em danças-de-roda
Dão-se as mãos,
Os sons se enlaçam.
E da alegria da festa,
Ventre de um novo dia,
Nasce então, amada, a poesia.

- Poema de Jorge P.G. 30.09.2006

UM ABRAÇO E BOA SORTE!

Ana Luar disse...

Gerlane que prazer que foi saber que fazes parte deste grupo de convidados do João. :)

Eu tb preciso crer...
crer que existe sempre um novo amanhecer...
Que a noite é escura mas o dia claro...
Crer que a vida vale cada dor, cada desilusão.
Crer que o sol nasce todos os dias mesmo depois de outro dia de chuva.
Crer que existe sempre uma janela ou porta aberta quando a escuridão nos assusta.

Se não acreditarmos somos mera matéria perambulando.


Beijos enquanto me refaço do prazer de te saber aqui no meio de amigos.

João Moreira disse...

Perdoem os presentes colaboradores deste blogue, pela súbita ausência a que me vi forçado. Reconheço a todos uma notável qualidade concedida em textos, prosas, poesias, que trouxeram a este blogue e que me abona a garantia da harmoniosa escolha de todos os convidados que darão vida a este blogue. Gerlane a crença é a meia parte do caminho que falta percorrer para a realização. Um poema que tem mais uma vez a qualidade já esperada.

Duarte disse...

Tens apelido de grande poeta...

Também quero crer,
como tu.
Podem chamar-nos ilusos,
quero ver desaparecer,
o ódio,
a inveja,
a violência,
a tirania,
etc.,etc.,
e poder gritar
alto e forte,
VIVA O AMOR,
EM PAZ.

Um grande abraço desde amigos de Portugal