domingo, 30 de dezembro de 2007

Perdido por esses olhos

Porque gosto de ti?
Nem te conheço!
Falámos duas vezes e sinto que sempre viveste em mim (nos meus sonhos)

Porque gosto de ti?

Estive perto, tão perto mas, fecho-me, isolo-me e não me deixo entrar na verdade que me aparece aos olhos. De tão verdadeira prefiro esconder.


Mas porque gosto de ti?
Hoje, no local mais insólito para o descobrir, revi e confirmei, lembrando os teus olhos, o porquê. De tanto olhar a foto dos teus olhos, de tanto te olhar não sinto paixão.
Não!.
Paixão é estarmos enganados no olhar e nas palavras do outro e isso, porque não é próprio da minha maneira de ver a vida, não estou.


De tanto olhar a foto que me enviaste não sinto adoração.


Não!
Adorar é considerarmos o mundo do outro como sendo o nosso (enganos!) e isso não sinto.
O que sinto é maior, muito maior, infinitamente maior do que esses pequenos sentimentos, tantas vezes confusos aos nossos olhos. Não é cerebral.
Não!
Não estou cerebralmente amando.
Não é do coração é saber que estou eternamente perdido pelos olhos que me deixaaste ver.


Aquilo que sinto é um rio amplo correndo para o oceano,aquilo que sinto é terra fértil que germina a semente antes de cair as primeiras gotas de chuva (as lágrimas).
Aquilo que sinto é bebedeira; são copos que retornam sempre cheios; garrafas de liquido (ardente) que não acalmam a minha febre (de ti!).


Esqueço que te tenho em mim.
Esqueço que eu já sou outro por te ter em mím (quem sou?).
No inicio de uma manhã qualquer (como esta) descubro o que me cega.
Cega-me a vontade de te rever (sonho?).
O que fica em mim esta cede de te conhecer melhor? Que vazio é este?
Se me atrever a conhecer-te, que ficará depois de ti, se já é tão real o amor pelo que és?
Fica real, tão real a loucura que senti pelos teus olhos.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Luta Diária

Para carregar sobre os ombros o peso do mundo.
Para lutar pelo bem sem descanso e sem cansaço.
Para enxugar todas as lágrimas ou para lhes dar um sentido luminoso.
Levarás a tua juventude a lugares onde se pode morrer, porque precisam lá de ti.
Pisarás terrenos que muitos valentes não se atreveriam a pisar.
Partirás para longe, talvez sem saíres do mesmo lugar.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Todas as Coisas

Todas as coisas condicionadas são impermanentes.
Todas as coisas, quaisquer que sejam, não são "eu".
Todos nós somos presos pelo nascimento, envelhecimento e morte, pelo pesar, lamento, dor, desgosto e aflição; somos presos pela insatisfação e aflitos pela insatisfação.
Possamos nós, nesta própria vida, completar a extinção de toda esta massa de sofrimento.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Perdido

Perdi-me no isolamento do mundo
Onde era preciso saber representar
Mentir enganar…
Nessa solidão imensa apaguei a minha vida
E assim deixei-me sufocar.
Eu perdi-me neste mundo
Falso e imundo
E reencontrei na natureza do teu olhar
Para me purificar…
Eu busquei todo o meu ser
No universo de meu pensamento
Que me transportou
Por entre as estrelas do firmamento
Por entre o verde da natureza
E o azul do mar
E nunca uma ave deste planeta
Partiu sem me levar…